Sultão das matas
Caboclo Vou lhes falar um pouco da historia do meu caboclo sultão das matas. Foi ele quem me contou. Um certo dia ele estava na sua aldeia e chegou um colonizador e começou a fazer contato com ele. Esse colonizador tinha uma filha, que quando viu o sultão das matas, ficou logo apaixonada, mas o Sultão das Matas não correspondeu com o mesmo sentimento, pois sabia que eles faziam parte de um mundo diferente e aquele romance não seria possível.Mas a moça bolou um plano para ficar com ele. Foi o seguinte: ela pegou uma galinha e matou e passou o sangue entre as pernas e ficou toda ensangüentada e falou para o pai dela que tinha sido o sultão das matas que tinha pegado ela a força. Ela achou que com esse plano maquiavélico o pai dela ia fazer os dois se casarem e que eles seriam felizes. Mas foi tudo ao contrario.Quando o pai dela soube do suposto acontecido ficou muito bravo e chamou os seus soldados armados e capturou o Sultão das Matas e colocou amarrado em um tronco de madeira e colocou muita madeira em volta dele e tocou fogo nele vivo. Quando a mãe do caboclo, a cabocla Yara viu aquilo não agüentou ver tanta perversidade e injustiça e correu e agarrou-se ao Sultão das Matas e morreram os dois queimados na fogueira.Depois disso ele foi doutrinado no mundo espiritual e perdoou seus agressores, mas passou a lutar sempre contra as mentiras e as maldades e a injustiça. Quem for verdadeiro sincero e honesto e justo, pode chamar por esse caboclo que ele esta sempre pronto a atende-loobs: essa é a história do meu Sultão das Matas em particular, que ele me contou. Mas podem haver outras e muitas historias de Sultão das Matas.kizouuuuu sultãoPedro dos Santos, de Irecê, Bahia
A Lenda do Casal Touro Bravo e Nuvem Azul !!!
Conta uma lenda dos índios sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram: - Nós nos amamos e vamos nos casar.Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta que ficaremos sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte.Há algo que possamos fazer?E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis.Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves.O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.- E agora, o que faremos? Os jovens perguntaram.- Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros.A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.Então o velho disse:- Jamais esqueçam do que estão vendo, esse é o meu conselho.Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissionais. Respeite o direito das pessoas de voar rumo ao sonho delas. A lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar!Facebook Índios Nativos Americanos/magaverde
CABOCLO PENA VERDE
É de uma Tribo Asteca, oriunda dos Estados Unidos que veio migrando até chegar na Amazônia, onde se instalou. Sua aparência: usava calça de couro, tinha cabelos longos e grisalhos e seu penacho, longo, tinha as cores (verde, vermelha e branca) cada cor representada um irmão.Relatou que para um índio se tornar pajé, tinha que participar de um ritual: caçar e trazer um javali para a tribo;Quando Pena Verde foi participar deste ritual, tinha mais um adversário, o vencedor seria quem trouxesse a presa primeiro;Os dois saíram para a missão no mesmo dia. O seu adversário voltou no dia seguinte com um javali abatido.Pena Verde só retornou após 30 dias, o impressionante é que ele não precisou abater o javali, durante este período ficou observando o comportamento e foi se aproximando até domá-lo. Só então retornou para a tribo. Entrou triunfante, montado no animal!Tinha dois guerreiros que considerava seus braços, o filho e o sobrinho.Certo dia, a sua tribo foi invadida e começou uma guerra sangrenta, Pena Verde, sentiu uma profunda dor nas costas, havia sido alvejado por uma flecha, antes de morrer, pediu a Tupã para ver quem era o autor de tamanha atrocidade.Poucos minutos se passaram e ele pode ver seus guerreiros sendo massacrados, mulheres e crianças sofrendo as maiores barbaridades, então virou-se para trás e pode ver que o seu querido sobrinho a quem tinha tanta estima e confiança era o mentor do ataque.Para que morresse em paz, Pena Verde perdoou seu sobrinho, tirou a flecha das costas e partiu!Orixás&Bella Studio
HISTÓRIA DA CABOCLA IARA !
A Cabocla Iara, nasceu na Tribo dos Bororos, a beira do Rio Araguaia (Rio das Araras Vermelhas), no final do século XVII. Ela pertencia ao Clã dos Araés. Era uma exímia caçadora, tecelã e pintora. Em sua tribo os rituais eram praticados com extrema rigidez. Comemoravam as caçadas e as boas colheitas com festas diversas. Essa índia de longos cabelos negros e olhos cor da terra, gostava de enfeitar-se para os rituais e ajudar suas irmãs nos ornamentos. Fabricava adereços com as penas coloridas das araras e sementes de árvores; depois prendia-os aos cabelos ou usava como brinco nas orelhas.Ela ficava horas nadando ou navegando no rio e era como seu nome dizia: "Aquela que mora nas Águas". Gostava de ouvir e contar as histórias dos ancestrais sobre o Mensageiro dos Rios - Boitatá; sobre Cairara - o Cacique Macaco; sobre Caipora - o Protetor dos Bichos; sobre Curupira - o Guardião das Matas; sobre Guaraci (o Sol) e Jaci (a Lua); sobre Rudá - o amor; e tantas outras histórias. Um dia ouviu o cacique dizer: "Aicué curí uiocó, paraná-assú sui, peruaiana, quirimbaua piri pessuí" (Vai aparecer do rio maior, o maior e mais poderoso inimigo de vocês). E ela viu um dia chegar o homem branco, montado em vistosos cavalos e alguns navegando em barcos. Como sua tribo era organizada não foram conquistados pelo homem branco, apenas foram visitados, pois ele ainda não tinha interesse em suas terras.Iara morreu jovem, desapareceu nas águas caudalosas do Rio Araguaia, em meio a uma cheia das águas. Alguns diziam que ela se apaixonou por um estrangeiro e jogou-se ao rio por amor... Outros diziam que ela foi engolida pelo rio e virou uma sereia. Muitos a viam durante a noite sentada na beira do rio penteando e enfeitando os cabelos e diziam que ela não era mais humana, era uma encantada. As mulheres da tribo começaram a lhe deixar objetos de adorno sobre as pedras da margem. Esses objetos desapareciam e as mulheres tinham seus pedidos realizados. E assim surgiu mais uma lenda...Iara passou a atuar dentro da Umbanda Sagrada como guardiã dos mistérios das águas, auxiliando os médiuns na limpeza e purificação das energias durante os trabalhos mediúnicos.tupaocadocaboclosetepedreiras
MARIAZINHA DAS MATAS - A CABOCLINHA DE OGUM ROMPE-MATO
Okê arô Oii tia, oii tioEu sou a Maria, mas pode me chamar de Mariazinha das matas, sou a irmã do Pedrinho das matas, somos filhos de um homem branco com uma índia, somos gêmeos tios, quando nascemos nosso pai tirou nós da mamãe, e desde então, nós nunca mais á vimosNosso pai era um homem muito mal, nos batia sempre quando podia, ele nunca deixou faltar alimento á mesa, mas ele sempre deixou faltar o principal que é o amorNós cansados daquilo tudo, fugimos enquanto papai dormia, fugimos com a roupa do corpo, me lembro que fui com uma camisola comprida e branca, fomos á procura da nossa mamãe, entramos nas matasTinha tudo pra dar certo, mas nosso pai nos achou, e nos espancou, até a morte, doeu muito tios, doeu na alma, não doeu só no nosso físico tios, doeu no nosso coração, nosso próprio pai, que nós amávamos tanto, mesmo com seus pecados, sendo a causa do nosso desencarneNo astral, fomos recebidos por nosso novo pai, aquele que cuida de nós, até hoje, Ogum Rompe-Mato, ele é bravo tios, mas cuida muito bem nósO que não sabíamos, é que nossa mamãe já havia morrido, e quase todos da tribo dela, nossa Mamãe se chama Jandira, hoje pertencemos á tribo dos Bororos, eles são nossa famíliaBom, tios, isso é tudo que eu posso contarSe precisar de mim, pode me chamar ou sabe aonde me encontrar, sou a Mariazinha das Matas, A Caboclinha de Ogum Rompe-MatoPonto:"Mariazinha nasceu na beira do rio.Na beira do rio lá no Juremá.Aonde a lua brilha, clareia campina.Clareia mata pras crianças brincar."Nataly Rodrigues/estudoumbandaespiritismoecandomble
Cabocla Jupira
Diz a história que a Cabocla Jupira, guerreira e flecheira é a primeira filha da Cabocla Jurema com o Caboclo Sete Flechas, irmã de Jandira, Jacira e Jaciara. Em terra, a Cabocla Jupira tem uma postura muito firme com olhos cerrados e diferentemente de outras Caboclas, quase não dança e é uma das únicas que usa penacho, pois representa a coroa de sua mãe Jurema, a rainha das matas e florestas. Jupira é a princesa das matas que mora no Jacutá, nome dado ao ponto de força de Iansã. Trabalha em descarrego e principalmente na limpeza dos ambientes. Suas cores principais são o amarelo, verde e vermelho, podendo usar o azul anil. Essa índia guerreira viveu entre os índios Caetés, no interior de Alagoas. Sua tribo praticava o canibalismo em rituais de sacrifício como forma de preservar a raça e mostrar sua força aos conquistadores. Jupira era veloz, inquieta e sabia manejar a lança como ninguém. Seu pai não gostava que ela se envolvesse em pendengas masculinas, mas não conseguia contê-la. Era ardente como o sol, inquieta como o vento e escorregadia como a água. Sabia ocultar-se nas matas e usar o arco e flecha com destreza. Quando os portugueses invadiram suas terras e investiram com furor, alguns conseguiram se salvar fugindo para o interior das matas não conquistadas. A Cabocla Jupira quedou em combate ao lado de seu noivo Juperê e de sua tribo. Morreu fazendo aquilo que mais gostava de fazer: lutar. Hoje ela trabalha na linha de Iansã e não é difícil vê-la em giras pra Xangô. coisadebanda
Oração ao Caboclo Ventania
Meu Pai Ventania, receba meu peito o agradecimento pela tua presença constante e amiga em minha vida. Tu, querido amigo e pai, que carregas o nome místico de Ventania, faz com que os bons ventos espirituais soprem fortemente em torno de mim e em meu interior, arrastando e livrando-me de todas as negatividades produzidas por mim ou por irmãos que ainda se deixam levar pelas inferioridades do mau querer e desamor. Arremessa, querido Caboclo, essas energias desequilibrantes nas sagradas pedreiras, a fim de que sejam desfeitas e anuladas, para a glória de Oxalá e o bem espiritual de teus filhos.Abençoa, Pai Ventania, teu filho que ora te busca como o Pai Conselheiro e Forte, e conduz-me pelos caminhos seguros, nesta mata virgem da encarnação presente, para que sempre possa caminhar sob a luz divina, em busca do Bem Maior, que é Deus.Protege minha família, cercando meu lar com tuas energias sempre a soprar o vento da harmonia, da prosperidade e do amor.Irrompe, querido Caboclo, na minha vida, o teu sopro de paz e de alegria, que me faça andar na estrada da segurança, sem temer a influência do mal ou ser por ele atingido.Perdoa a minha fraqueza, Carrega-me, com tua força, Caboclo de Xangô, para as altas montanhas da espiritualidade, onde possa respirar o ar da fidelidade e da paz.Sopra sobre mim, querido amigo, as bênçãos da Divina Mãe, Maria, que é a tua energia essencial, para que me faça encontrar sempre a ação do Divino Oxalá, nosso amado Jesus.Obrigado, Caboclo Ventania, pelo teu olhar constante sobre mim. Não me percas de vista, abençoando-me sempre e orientando os meus passos pelo caminho do Bem, mesmo quando doam os meus pés, pelos espinhos e pedregulhos existentes no caminho, dentro da mata virgem desta encarnação.Que a Paz e a Alegria do teu coração me harmonize com a natureza e me faça estar seguro e feliz, vendo em ti, o mensageiro de Deus a me indicar o caminho da evolução.Que todos aqueles que me cercam, os afetos e desafetos, sejam agora beneficiados, Pai Ventania, pela sua bênção, em nome Oxalá.Que assim seja - Graças a Deuscoisadebanda