quarta-feira, 30 de maio de 2018

Entendendo a Umbanda - Parte 3 - Linha de Caboclos



Os Caboclos

São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais. A morada dos caboclos é a mata, onde recebem suas oferendas, sua cor é o verde transparente para as Caboclas e verde leitoso para os Caboclos, gostam de todas as frutas, de milho, do vinho tinto (para eles representa o sangue de Cristo), gostam de tomar sumo de ervas e apreciam o coco com vinho e mel.

Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. As vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem a linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.

A sessão de caboclos é muito alegre, lembra as festas da tribo. Eles cantam em volta do axé da casa como se estivessem em volta da fogueira sagrada, como faziam em suas aldeias. Tudo para os caboclos é motivo de festa como casamento, batizado, dia de caçar, reconhecimento de mais um guerreiro, a volta de uma caçada.


Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham "incorporados" a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.

Estão sempre em busca de uma missão, de vencer mais uma demanda, de ajudar mais um irmão de fé. São de pouco falar, mais de muito agir, pensam muito antes de tomar uma decisão, por esse motivo eles são conselheiros e responsáveis.

Os Caboclos, de acordo, com planos pré-estabelecidos na Espiritualidade Maior, chegam até nós com alta e sublime missão de desempenhar tarefa da mais alta importância, por serem espíritos muito adiantados, esclarecidos e caridosos. Espíritos que foram médicos na Terra, cientistas, sábios, professores, enfim, pertenceram a diversas classes sociais, os Caboclos vêm auxiliar na caridade do dia a dia aos nossos irmãos enfermos, quer espiritualmente, quer materialmente. Por essas razões, na maior parte dos casos, os Caboclos são escolhidos por Oxalá para serem os Guias-Chefes dos médiuns, ou melhor, representar o Orixá de cabeça do médium Umbandista (em alguns casos os Pretos-Velhos assumem esse papel).

Na Umbanda não existe demanda de um Caboclo para Caboclo, a demanda poderá existir de um Caboclo, entidade de luz, para com um "kiumba" ou até mesmo contra um Exu, de pouca luz espiritual.

A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento e da miscigenação.

Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas (através de ervas e simpatias), desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.

Os caboclos não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca". No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.

Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.

Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.

Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia e força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existem trabalhos de magia que concedam empregos e favores, isso não é verdade. O trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepará-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.

A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa

Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, nos seus trabalhos de magia costumam usar pemba, velas, essências, flores, ervas, frutas e charutos.

Quase sempre os caboclos vêm na irradiação do Orixá masculino da coroa do médium e as caboclas vêm na irradiação do Orixá feminino da coroa do médium; mas, eles(as) podem vir também na Irradiação do seu próprio Orixá de quando encarnados e até mesmo na irradiação do povo do Oriente.



Onde Vivem Os Caboclos ? 

Muitos já ouviram falar que os Caboclos quando se despedem do terreiro, onde atuam incorporados em seus médiuns, dizem que vão para a cidade de Juremá. Outros falam subir para o Humaitá, e assim por diante.

Sabemos, no entanto, que os Caboclos não voltam para as florestas como ordinariamente voltam os que lá habitam.

No espaço, onde se situam as esferas vibratórias, vivem os Caboclos agrupados, segundo a faixa vibracional de atuação, junto a psico-esfera da Terra. São verdadeiras cidades onde se cumpre o mandato que Oxalá assim determinou, colaborando com a humanidade.

É para as cidades espirituais que os Caboclos responsáveis pelos diversos terreiros levam os médiuns, dirigentes e demais trabalhadores, para aprenderem um pouco mais sobre a Umbanda.

Estas moradas possuem grandes núcleos de trabalhos diversos, onde o Caboclo faz sua evolução, contrariando o que muitos encarnados pensam (que Caboclo tudo pode, tudo sabe e tudo faz).

Os Orixás, que são emanações do pensamento do Deus-Pai, que está além da personalidade humana que lhe queiram dar as culturas terrenas, fazem descer a mais pura energia-matéria ser trabalhada pelos Caboclos no espaço-tempo das esferas que compreendem a Terra, morada provisória de alguns espíritos em evolução.

Lá, na morada de luz dos Caboclos, existem outros espíritos aprendendo o manejo das energias, das forças que estabelecerão um padrão vibratório de equilíbrio para os consulentes que vêm às tendas de caridade em busca de um conforto espiritual.

Estas "aldeias" se locomovem entre as esferas, ora estão em zonas próximas às trevas, socorrendo espíritos dementados, ora estão sobre algumas cidades do plano visível, etéreas, ou sobre o que resta de florestas preservadas pelo Homem. De lá extraem, com a ajuda dos Elementais, os remédios para a cura dos males do corpo.

Quando Incorporados, fumam charutos ou cigarrilhas e, em algumas casas, costumam usar durante as giras, penachos, arcos e flechas, lanças, etc... Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.

Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.

Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:

Caboclos Da Mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.

Caboclos Da Mata Virgem - Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.

Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.

Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.

A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.

A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.

Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.

A "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e irradiação que o rege.

E é nessa "personalidade" que centramos nossos estudos. Assim como os Pretos-velhos, eles podem dar passe, consulta ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação (preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral).

Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.

Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.


Formas Incorporativas E Especialidade Dos Caboclos: 

Caboclos De Oxum 

Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece principalmente através do chacra cardíaco. Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desânimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização. Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.



Caboclos De Ogum 

Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.

Caboclos De Yemanjá 

Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto. Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.

Caboclos De Xangô 

São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão. Trabalham para: emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional. Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

Caboclos De Nanã 

Assim como os Pretos-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o karma e como ter resignação. Dão passes onde levam eguns que estão próximos. Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.

Caboclos De Iansã 

São rápidos e deslocam muito o médium. São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa. Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Iansã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego). Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.

Caboclos De Oxalá 

Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização. São "compactados" para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito. Sua principal função é dirigir e instruir os demais Caboclos.

Caboclos De Oxossi 

São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito. Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades. Esses caboclos geralmente são chefes de linha.

Caboclos De Obaluaiê 

São espíritos dos antigos "pajés" das tribos indígenas. Raramente trabalham incorporados, e quando o fazem, escolhem médiuns que tenham Obaluaiê como primeiro Orixá. Sua incorporação parece um Preto-velho, em algumas casas locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

Atribuições dos Caboclos 

São entidades, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.

fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

Um Fraterno abraço,
Mago Dam

FEIJÃO TROPEIRO PARA BOIADEIRO

Você vai precisar de:
  • 1/2 Kg de feijão de corda
  • 1/2 Kg de carne seca
  • Farinha de mandioca grossa e crua
  • Azeite de dendê
  • 1 cebola grande
  • 7 pimentas dedo de moça
  • Cachaça
  • 1 quartinha de barro sem asas
  • 1 alguidar
Preparo:
Dessalgue a carne seca com antecedência deixando de molho em água por um dia, trocando a água de vez em quando.
Cozinhe a carne seca separadamente até que fique bem macia, depois desfie.  Guarde a água do cozimento para cozinhar o feijão.
Cozinhe o feijão na água que você cozinhou a carne seca deixando-o em ponto firme para que os grãos não desmanchem.  Guarde apenas uma concha desta água do feijão.
Com dendê refogue a cebola (picada), a pimenta (cortada em rodelas) e a carne já desfiada, depois acrescente o feijão com uma concha de água do cozimento, então vá acrescentando a farinha de mandioca mexendo sempre (com uma colher de pau) até ganhar a consistência de uma farofa.
Coloque no alguidar e enfeite com as pimentas.

BIFE PARA BOIADEIRO

Você vai precisar de:
  • 1 bife crú de carne bovina (grosso e com gordura)
  • Farinha de mandioca grossa e crua
  • Azeite de dendê
  • 1 cebola
  • 7 pimentas dedo de moça
  • 1 prato de barro
  • Cachaça
  • 1 quartinha de barro sem asas
Preparo:
Vá acrescentando o azeite de dendê à farinha de mandioca e misturando até formar uma farofa homogênea.  Forre o parto de barro com essa farofa.
Coloque o bife sobre a farofa.
Corte a cebola em rodelas e cubra a carne com elas.
Coloque as pimentas e finalize regando com bastante dendê, fazendo uma espiral do centro para fora.

PEIXE PARA MARINHEIRO

Você vai precisar de:
  • 1 peixe de água salgada inteiro (você pode escolher)
  • Azeite de dendê
  • Farinha de mandioca grossa e crua
  • 1 prato de barro
Preparo:
Limpe o peixe retirando as vísceras e escamas mas deixe a cabeça.
Unte o peixe e a bandeja com o azeite de dendê e leve ao forno (fogo médio) de 15 a 30 minutos (depende do peixe).
Forre o prato com uma farofa de farinha de mandioca com azeite de dendê e coloque o peixe já assado.

AXOXÔ PARA OXÓSSI

Você vai precisar de:
  • Milho de canjica amarela (milho vermelho)
  • Melado de cana
  • 1 coco seco
  • 1 alguidar de barro
  • Vinho moscatel (ou qualquer vinho frutado)
  • 1 quartinha de barro sem asas ou 1 coité
Preparo:
Cozinhe o milho vermelho somente em água e deixe esfriar. Escoe a água, coloque no alguidar, regue com bastante melado fazendo uma espiral do centro para a borda e cubra por cima com fatias finas de coco.
obs: algumas casas aceitam usar mel para Oxóssi mas, via de regra, use o melado de cana.

MILHO ASSADO PARA OXÓSSI

Você vai precisar de:
  • 7 Espigas de milho verde
  • Melado de cana
  • 1 coco seco
  • 1 alguidar de barro
  • Vinho moscatel (ou qualquer vinho frutado)
  • 1 quartinha de barro sem asas ou 1 coité
Preparo:
Retire as palhas do milho, use-as para enfeitar o alguidar.
Asse as espigas preferencialmente sobre a brasa de carvão. Fatie o coco finamente.
Depois de bem assadas, arranje as espigas sobre as palhas no alguidar; cubra com as fatias de coco e regue com bastante melado fazendo uma espiral do centro para a borda.
obs: algumas casas aceitam usar mel para Oxóssi mas, via de regra, use o melado de cana.

FRUTAS PARA OXÓSSI

Você vai precisar de:
  • 7 qualidades de frutas verdes (principalmente Melão)
  • 1 coco seco
  • Melado de cana
  • 1 alguidar
  • 1 quartinha de barro sem asas ou 1 coité
  • Vinho Moscatel (ou vinho frutado)
preparo:
Escolha 3, 5 ou 7 tipos de frutas verdes bem bonitas.  Como sugestão: Melão, Goiaba branca, Pitanga, Uva branca, Maçã verde, Pera, Cana de açúcar; abra-as e coloque no alguidar.
Regue com bastante melado fazendo uma espiral do centro para a borda.
Cubra com fatias finas de coco seco. Folhas de goiaba também podem ser usadas para enfeitar.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Ogum Beira-Mar




Ogum Beira Mar, o escudo fiel das tormentas e dos bravos navegantes, este Orixá é o lado masculino da calunga grande, o lado da força nas demandas, cumpridor fiel da balança da justiça terrena, controla os ventos nas praias soprados por Iansã e Yemanjá, dosando cada onda quando chega a praia, os búzios deixados em seu reino (reino este que vem da sétima onda até a areia do mar), são os adereços deixados por ele, recebe-os de Yemanjá e deposita-os nas areias das praias, presenteando a todos filhos de fé, por isso peça permissão a Ogum Beira Mar para retira-los.
  
Foi Ogum quem ensinou aos homens o trabalho com ferro e aço. Seus instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, etc. Com os quais ajudou os homens a dominar à natureza e a transformá-la.
No sincretismo Ogum é associado a São Jorge, 23 de Abril.
Como está sempre ligado ao poder e a força, este Orixá não gosta de Ter suas ordens desobedecidas. Quando não é atendido fica irado e perde a razão e castiga àqueles que o desobedeceram, arrependendo-se depois.
A cor de Ogum é o vermelho na Umbanda e Azul no Candomblé, mas pode ser associado ao verde. Sua bebida é a cerveja branca, seu dia da semana é a terça-feira. 
Este Orixá foi casado com Iansã, a Orixá dos ventos, que fugiu com Xangô. Também foi casado com Oxum, a Orixá da água doce, que abandonou Ogum para se casar com Oxossi, o Orixá das matas.
Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, o rei das encruzilhadas e dos cemitérios (calunga pequena).


História de Ogum Beira Mar
Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum Beira Mar ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando.

Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias.
Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, foi em direção ao mar, parou e fitou seus olhos na sétima onda, e ali jurou proteger os mais fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e qualquer tipo de perseguição injusta, após o juramento o mar começou a jogar conchas nas areias das praias.


 Os filhos de Ogum Beira Mar
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.

As pessoas de Ogum são práticas e inquiétas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.

Salve meu PAI OGUM, Salve Beira-Mar !!!
Lá no Humaitá

Aonde Ogum guerreou
Lá em alto Mar
Aonde Iemanjá lhe coro-ou
O Beira-Mar auê, Beira-Mar
O Beira-Mar auê, Beira-Mar (Viva Ogum Beira-Mar)
O Beira-Mar auê, Beira-Mar
O Beira-Mar auê, Beira-Mar
Ogum já jurou bandeira
Nos campos do Humaíta
Ogum já foi a guerra
Vamos todos saravá
O Beira-Mar auê, Beira-Mar
O Beira-Mar auê, Beira-Mar (Viva Ogum Beira-Mar)
O Beira-Mar auê, Beira-Mar
O Beira-Mar auê, Beira-Mar

Cabocla Jurema Da Mata

Nesta História Da Cabocla Jurema Da Mata diz que ela trabalha dentro da necessidade de cada pessoa nos dando coragem e energia nas lutas da vida.
Hoje falaremos um pouco da História Da Cabocla Jurema Da Mata, tão conhecida e tão sagrada que existe um culto com seu nome.
Nesta História Da Cabocla Jurema Da Mata acredita-se até, que a árvore da Jurema é sagrada onde reside os Orixás, e é desta árvore que se faz a base do chá chamado “Daime”.
Na História Da Cabocla Jurema Da Mata ela é a Rainha das Matas, filha mais velha do Caboclo Tupinambá.
Cabocla Jurema teve mais duas irmãs chamadas: Jupira e Jandira. Presta sua caridade em qualquer Casa de Cultos de Umbanda somente por caridade, não admitindo cobranças pela consulta.
Na História Da Cabocla Jurema Da Mata diz que a sua legião é constituída de grandes entidades espirituais, espíritos puros que amparam os sofredores, utilizando o processo de passes-curas através das ervas.
Normalmente a entidade Cabocla Jurema, quando está trabalhando, atrai a presença, vibração de todas as caboclas Juremas ou seja, Jurema da Cachoeira, Jurema da Praia, Jurema das Matas etc,..
A História Da Cabocla Jurema Da Mata diz que na realidade todas são uma única vibração que trabalham com ambientes da natureza, ex: lua, sol, mata, chuva, vento e etc…

A História Da Cabocla Jurema Da Mata é Luz, Guia e Força!

Nesta História Da Cabocla Jurema Da Mata podemos afirmar que, ela trabalha dentro da necessidade de cada pessoa, transmitindo coragem e energia. Tem sempre uma palavra de alento e conforto para aqueles que sofrem de enfermidades.
Ela nos ensina a suportar as dificuldades e nos dá coragem para suportá-los apenas com essa bela História Da Cabocla Jurema Da Mata.
Em qualquer lugar onde você esteja, quando o desespero tomar conta e a coragem lhe faltar, chame pela Cabocla Jurema e sentirá sua força amparando você.
Também podemos afirmar nesta História Da Cabocla Jurema Da Mata, que ela trabalha na linha de Oxossi, é uma “Cabocla”, ou divindade evocada no Catimbó, cultos afro-brasileiros e mais prestigiada e respeitada na Umbanda. Entidade Guia – Chefe da Linha de Oxossi.
Outra Afirmação que nos cabe perceber nesta História Da Cabocla Jurema Da Mata, é que ela trabalha na legião constituída de grandes entidades espirituais, espíritos puros que amparam os sofredores e mais necessitados, utilizando o processo de passes e curas através das ervas e pontos riscados.
Chame pela Cabocla Jurema nas horas de dificuldade, pois essa cabocla sempre estará ali para ajudar seus filhos de Fé.
A História Da Cabocla Jurema Da Mata nos diz que existem várias dissidências da Jurema, Sabendo que a maioria dos aparelhos de ação da Jurema serem filhos e filhas ligados a Iansã, pois é sua vibração Original.

  • Existem Ainda A Falange Da Cabocla Jurema:
  1. Cabocla Jurema Da Praia – ligada com Iemanjá- Caboclo Sete-Pedreiras*
  2. Cabocla Jurema Da Cachoeira – ligada com Xangô- Caboclo Lírio
  3. Cabocla Jurema Da Mata – ligada com Ogum- Caboclo Rompe-Mato
  4. Cabocla Jurema Flecheira – ligada com Oxossí- Caboclo Sete-Flechas
  5. Cabocla Jurema Do Oriente – ligada com Ibeji- Caboclo Cobra Coral*
  6. Cabocla Jurema Rainha – ligada com Oxalá- Caboclo Girassol
  7. Cabocla Jurema Preta – ligada com Omulu/Obaluaye- Caboclo Arranca-Toco
  8. Cabocla Jurema Da Lua – ligada a Oxum- Caboclo Sete-Montanhas
  9. Cabocla Jurema Mestra – ligada a Nanã- Caboclo Araúna
Apesar de serem de outras linhas, assumem como companheiros destas entidades

Cabocla Jandira Flecheira Da Mata

A História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata em sua vida carnal, seus ensinamentos e sua força de cura espiritual e carnal para quem tem fé.
Segunda a História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata, ela é filha de Jandira, era uma caçadora de pássaros em sua aldeia, utilizava a caça como alimento e usava as penas coloridas para enfeites e adornos utilizados em rituais.
Diz a História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata que ela saia logo cedo para caçar, nunca errava uma flecha, certo dia, a Cabocla Jandira Flecheira avistou uma ave bela, diferente das outras, era amarela e não sabia dizer qual era sua espécie, ela tentou acertá-lo mas o pássaro voou e fugiu de sua vista, ela foi atrás, mas não estava mais por ali.
Como nunca havia perdido uma caça, ela sentou pensativa em uma pedra e quando percebeu, o pássaro estava pousado em seu ombro, ela ficou encantada, isso nunca havia acontecido.
Ao decorrer da História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata ela tomou o caminho de volta para aldeia e junto com ela levou o pássaro, ao chegar na aldeia, ela presenteou sua mãe Jandira com o pássaro, e sua mãe nunca mais se separou de seu pássaro amarelo.
Com esta História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata podemos afirmar que ela é, uma moça alegre e encantadora, ajuda o próximo com conselhos e segue a linha de sua mãe Jandira.
Além da História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata podemos dizer que ela é de uma extrema luz, uma doçura imensa. Foi criada pelo o Cacique Pena Branca onde com ele aprendeu muitas coisas, principalmente sobre cura.
Como a História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata diz, ela teve diversos ensinamentos e uma extrema evolução, ela é séria, não gosta de coisas erradas e sempre quando precisamos ela está pronta a nos ajudar, as palavras da Cabocla Jandira Flecheira são como balsamo para as nossas dores, seja material ou espiritual, mas sempre ela tem algo para nos dizer, nos ensinar ou até mesmo nos chamar a atenção.
Todos os filhos de fé sabem a História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata nas giras, ela chega no terreiro atirando as suas flechas de harmonia e fartura que trás das matas de Oxóssi, com a sua dança ela trás o carisma e a doçura das águas de Iemanjá. Salve a Cabocla Jandira Flecheira!

História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata Com Seus Cavalos

Com esta História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata podemos afirmar também que Quando se começa a desenvolver a primeira vez com essa linda cabocla é numa limpeza espiritual inexplicável, quando se toma um passe com a Cabocla Jurema numem um terreiro e com fé, simplesmente você perdi o controle do seu corpo, as vezes você pode tremer e chorar bastante sem conseguir se conter.
Uma Curiosidade para os que não sabem, a Cabocla Jandira Flecheira Da Mata é irmã da Cabocla Jurema Da Mata.
Na História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata de hoje em dia se sabe que quando se toma um passe da Cabocla Jurema Da Mata é bem provável que a Cabocla Jandira Flecheira Da Mata encoste e chegue muito perto de seus cavalos, mas, para os médiuns em desenvolvimento isso é um fato incompreendível por eles.
O que nunca se pode fazer é virar as costas para esta bela História Da Cabocla Jandira Flecheira Da Mata no modo carnal e muito menos no modo espiritual como guia de luz, tem que deixa-la trabalhar para fazer a caridade na umbanda, assim, pode ser que ela gire pela primeira vez, pode não se identificar na primeira vez, mas, ao longo de suas manifestações, ela com certeza dirá o seu nome:
Cabocla Jandira Flecheira