quinta-feira, 23 de maio de 2019

Ritual ao Orixá Oxóssi para ter fartura

Para fazer esse ritual você precisará de:
*3 espigas de milho fechadas,
*100 ml de mel de abelha,
*7 velas verdes,
*1 pano verde de 1m X 1m .

Pegue as espigas de milho fechadas e abra-as, só com as mãos, até os grãos apareçam.
Usando a palha, pendure as espigas em algum lugar da cozinha, oferecendo-as ao Orixá Oxóssi, que é o Orixá da fartura. Quando secarem as espigas, coloque os milhos em cima do pano verde e regue com o mel, em seguida vá ate um árvore que goste e enterre o pano com o milho.
Em seguida acenda as 7 velas verdes e faça uma oração ao Orixá e peça que sempre haja a fartura em sua residencia.

Banho para atrair a energia do Orixá Oxóssi

Ingredientes:
*Capim limão
*Samambaia
*Alecrim do campo
*Eucalipto cheiroso
*Alfazema de caboclo
*Guaco
*Quartzo verde
*Água Mineral
*1 bacia de louça branca
Este banho deverá ser feito um dia antes do dia que será usado. Pegue a bacia branca e coloque as ervas na quantidade que ache necessário e junto coloque a pedra de quartzo verde.
Jogue a água mineral nas ervas e comece a macerar entrando em sintonia com a mata, os pássaros, a flora e a fauna com o barulho da cachoeira e peça ao Orixá Oxóssi lhe restabeleça as energias.
Deixe o banho descansar coberto com um pano branco e onde ninguém possa mexer.
Esse banho não poderá ser fervido, para esquenta-lo e faze-lo com que chegue em uma temperatura agradável, esquente um pouco de água em um recipiente não metálico e jogue junto a água do banho e as ervas maceradas a água quente no momento em que for tomar o banho.
No dia em que for tomar o banho de Oxóssi tome seu banho de higiene normalmente e em seguida jogue o banho do orixá do pescoço para baixo.
Caso sinta necessidade acenda uma vela verde e faça uma Oração a Oxóssi.
Guarde a pedra de Quartzo verde como um amuleto imantado com as irradiações de Oxóssi.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Caboclo Mirim e Sua Sabedoria

História do Advento do Caboclo Mirim


Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 - 03/12/1986), teve a primeira manifestação de uma Entidade que identificou-se como Caboclo Mirim. Durante os primeiros anos de sua ligação com a Umbanda, Benjamin foi auxiliado no seu desenvolvimento pelo médium Zélio Fernandino de Morais. O Caboclo Mirim vinha com a finalidade de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda e assim, toda a família do médium foi chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim. Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Espírita Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101, Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a Rua Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597. Ainda sob a orientação dessa entidade, deu-se a fundação do Primado de Umbanda [1], uma das primeiras federações umbandistas do Brasil, criada para difundir e estimular o estudo da religião de Umbanda e dos seus reais ensinamentos.


Instruções do Caboclo Mirim


Através de seu médium, o Caboclo Mirim apresentou várias orientações sobre o comportamento do filho de Umbanda, tanto na sua postura no terreiro como em sua vida , apresentamos os conselhos :


Abra o seu corpo, esqueça a vida material e fale somente o necessário. 


Não interceda no comportamento de ninguém, por mais estranho que seja, respeitando a todos indiscriminadamente, pois assim estará respeitando a si próprio.


 Não ria nem caçoe de ninguém, mantendo o silêncio absoluto e total.

 Não ache graça nas Entidades incorporadas, pois as mesmas comportam-se de diversas maneiras, dependendo do cavalo, isto faz parte dos trabalhos. 

Respeite o Iniciante incorporado, mesmo achando que o mesmo não esteja firme com o Guia, pois os mesmos estão em Evolução como todos nós e fazem parte importante nos nossos trabalhos. 

Evite o contato físico com os outros, não ponha a mão na cabeça de ninguém, pois você desconhece o que as pessoas trazem consigo mesmo de bom ou de ruim. 


Somente os Médiuns Juramentados podem fazer isto, assim assumindo esta Responsabilidade. 

É perigoso dar consulta, pois no momento da consulta você assume uma Responsabilidade Espiritual séria consigo mesmo. 


A alimentação, bem como o zelo pelo seu corpo físico, é fator preponderante para a boa captação dos Fluídos que emanam do Espiral Ascendente formado pela Ectoplasmia de todos e que de lá vem à verdadeira quota para cada um, de acordo com seus merecimentos. 


O valor da Entidade depende do Corpo Físico e Mental do cavalo e se o mesmo não tiver uma boa saúde Psico-Físico e Mental a Entidade não terá nada para dar a quem necessite.

Acompanhe mentalmente e cante as Curimbas, pois as mesmas são Orações cantadas e trazem nas suas palavras verdadeiras Filosofias de Vida e Ensinamentos. 


Não interceda nos Curimbeiros solicitando cantar esta ou aquela Curimba simplesmente porque você acha bonita ou que rima bem. 

A Curimba é fator de importância nos trabalhos, cabe a quem estiver comandando a Gira ordená-las de acordo com a necessidade.

Abra o seu coração, Oxalá veio ao mundo e não o virou, trouxe a sua Doutrina e foi um observador, não será você que poderá julgar os outros. Seja, portanto, um observador oculto da vida, pois viemos ao Mundo para sermos comandados e não comandantes. 


Seja um pequeno homem num Mundo grande e não um grande homem num Mundo pequeno. 

Mediunidade é uma coisa e Doutrina Espírita é outra. A Mediunidade processa-se de diversas maneiras, quer na audição, tato, visão, olfato, incorporação e etc... Doutrinação é o que fazemos nas Giras com as Entidades, pois: Trabalhamos para as Almas e não com as Almas. 


A nossa Doutrina não conserta a vida de ninguém, mas cria condições para que cada um conserte a sua própria vida de acordo com o seu paladar. 


Numa sessão todos são vistos e observados e cabe a cada um a Responsabilidade Espiritual de seus atos. 


Abra a sua mente para que você possa verdadeiramente levar consigo e para os seus verdadeiros fluídos de Paz e Felicidade de acordo com seu merecimento. 


Não interceda na vida dos outros os aconselhando, pois você não sabe dos merecimentos dos mesmos e assim procedendo você não assume Responsabilidades Espirituais. 


Lembre-se do Livre Arbítrio de cada um. Viva a Indiferença Construtiva da sua própria existência. 

Não se esqueça do compromisso que você assume com o Caboclo Mirim desde que você resolveu frequentar a sua casa. 


Escolha para você próprio os ambientes que frequentar, não participando de trabalhos baixos, pois a responsabilidade será somente sua e você, um dia, prestará conta da mesma. 

O Mundo dos Mortos é incomensurável e nele habitam os mais diversos tipos de Espíritos, portanto não os invoque sem conhecimento de causa. 

A Umbanda não faz matança, pois os animaizinhos são nossos irmãos e a Lei da Fraternidade Universal as proíbe. 


Seja dono do Mundo Material que você possui não deixando que o mesmo seja o seu próprio dono. Goste do que lhe pertence, mesmo sendo pouco.


Viva a Vida como ela se apresenta para você na sua verdadeira beleza, prezando conscientemente pelo seu Corpo Físico e Espiritual. 


Não se esqueça que as cicatrizes do Corpo Físico logo saram, mas as cicatrizes da Alma cada um carregará pela Eternidade. 

Zele também por sua Alma enquanto lhe sobra tempo nesta Fase Corpórea. Leia o Livro da sua própria Existência todo dia. 

A Umbanda tem Fundamento e é COISA SÉRIA, PARA QUEM É SÉRIO OU QUER SE TORNAR SÉRIO. Umbanda é bom para quem sabe ler... 


Ritualística


A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das conhecidas. De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma:


Bojá-mirim - 1ª grau: Médiuns iniciantes. Estes médiuns estão em desenvolvimento e devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de qualquer ordem. Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento, evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propoem a um desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia negra que estes espíritos inferiores teriam feito.


Bojá - 2ª grau: Médiuns de Banco. São os responsáveis pelo descarrego de energias negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual. Estes médiuns, assim como os iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores atrapalhem sua caminhada. Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que possível para prestarem sua caridade.


Bojáguaçu - 3ª grau: Médiuns de Terreiro. São médiuns passistas. Este grau é uma grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos antes da sessão.


Abaré-mirim - 4ª grau: Sub-chefes de Terreiro São médiuns que, além de já estarem firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.


Abaré - 5ª grau: Chefes de Terreiro São médiuns que devem orientar os médiuns de graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia a trajetória do médiun para consultas espirituais. Já dizia o Caboclo Mirim que dar consulta é perigoso! Não se pode atuar no livre-arbítrio dos outros. Só dê consulta se for solicitado! Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientendo-os sempre que necessário.


Abareguaçu - 6ª grau: Sub-comandante chefe de terreiro São médiuns que estão se preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.


Morubixaba - 7ª grau: Comandante chefe de terreiro São os médiuns comandantes de terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.


Referências:


Fraternidade Umbandista Luz de Aruanda
Grupo Umbandista Fé, Esperança e Caridade
Tenda Espírita Mirim
Primado do Umbanda
Tupãoca do Caboclo Itapuã - Delegacia do Primado de Umbanda para o Estado de São Paulo
Entrevista em que Zélio de Morais fala sobre Benjamin Golçalves de Figueiredo


CategoriaOrixás e entidades da umbanda

Fonte Wikpédia

quinta-feira, 16 de maio de 2019

A Vibração Oxóssi

Oxóssi segundo a mitologia Afro é o Orixá da caça, o orixá da fartura, aquele desbravador das matas, o orixá que conhece tudo sobre ervas.
Em muitas casas é aquele que traz a fartura, que traz o dinheiro, normalmente, sua oferenda resume-se a muitas frutas, abóbora, mel e vinho, alguns também recebem cerveja.
 O seu sincretismo religioso é São Sebastião, Oxossi é um dos orixás que possuem menos contradição no sincretismo e nos fundamentos, o dia destinado a esse orixá é a quinta-feira e o dia de suas festividades, 20 de janeiro.
Dentro de um contexto esotérico, é o catequizador de almas, é aquele que traz o conhecimento, que doutrina os espíritos e que traz a saúde, inclusive uma cor muito utilizada para sua vibração é o verde, pela cromoterapia é a cor da cura. Os guias que atuam sob essa égide costumam ser muito conselheiros, são exímios curandeiros e trabalham muito bem com fitoterapia e outros métodos holísticos para a cura.
Oxossi dentro do meu ponto de vista é o orixá da cura, por trazer fortemente o verde em sua vibração, seja através de sua luz ou através do elemento do qual trabalha, os vegetais, é aquele que traz toda a essência terapêutica da Mãe Terra.
De certa forma, a origem do seu foco vibratório situa-se nas matas, na natureza, é a essência divina, a energia da mata é restauradora, é terapêutica, com isso, sente-se facilmente a  vibração de Oxossi atuando, a sua vibração atua sobre cada folha, sobre cada ramo de árvore, fazendo com que a vibração curativa possa também estar contida nos vegetais, é o patrono da caça no sentido de conceder os animais que estão sob sua vibração para que possam nos alimentar, mas é claro, que o próprio vegetarianismo poderia suprir nossa necessidade, mas isso é assunto para outro tópico. É nas matas que sentimos a presença onipotente de Oxossi, o ar é mais rarefeito por estar carregado de partículas fluídicas que atuam em nossos órgãos nos trazendo a tranqüilidade e a paz, atuando como agentes terapêuticos. Em suma, é onde encontramos com maior freqüência a vibração de Oxossi, no verde de nosso globo.
Oxossi é o patrono dos caboclos, dos guias que em sua maior parte representam a juventude, a força dentro das casas umbandistas, toda a jovialidade e o conhecimento da vibração de Oxossi foi transmitida para os caboclos que atuam sob essa égide, são guias que costumam ser muito amigos, companheiros e sabem apaziguar a dor que aflige o filho, independente se é uma dor mental ou física, são guias que sabem atuar de forma terapêutica em todo o corpo físico e espiritual do filho.
Em minha opinião, independente se o caboclo atua na vibração de Xangô, Ogum, entre ouros orixás, todos eles necessariamente atuam também sob a égide de Oxossi, Oxossi é a cura, a caridade, o conhecimento que influencia os dogmas umbandistas, todos os caboclos que eu conheci, é claro que uns para mais, uns para menos, são ótimos curandeiros, são bons conselheiros, mesmo os de Xangô que raramente falam, quando o fazem, são companheiros e amigos. São guias muito sábios.
Alguns caboclos da egrégora de Oxossi: Sete Flechas, Jurema, Sete Encruzilhadas, Sultão das Matas, Cobra Coral, Flecha Dourada, entre outros.
A flecha, que é o símbolo dessa vibração, é o tiro que não volta, o tiro certeiro, uma arma de precisão de longa distância utilizada tanto para a caça quanto para a guerra, é aquele que alimenta e aquele que defende. 
Geralmente os guias sob essa vibração, costumam vir com o dedo indicador ereto, além de simbolizar a flecha, pelos ocultistas, o dedo indicador é o dedo do verbo e da profecia, mais um fator que determina a vibração de Oxossi, o verbo, o conhecimento, o bom conselheiro.

Namastê
Neófito da Luz

Tipos de Caboclo

São geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Íncas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricados por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia.
Como foram primitivos conhecem bem tudo que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização.
Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham “incorporados” a seus médiuns na Umbanda, dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual.
São subordinados aos Orixás, o que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho.
Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha.
Seus “brados”, que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma “senha” entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons.
Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, assim podemos ter:
CABOCLOS DA MATA
Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.
CABOCLOS DA MATA VIRGEM
Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos. Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.
Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.
A primeira é a “especialidade” de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela “força da natureza” que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham.
Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a “personalidade” de um caboclo se dá pela junção de sua “origem”, “especialidade” e “força da natureza” que o rege.
E é nessa “personalidade” que centramos nossos estudos. Assim como os Preto-velhos, eles podem dar passe, consulta e correntes de energização ou participarem de descarrego, contudo sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação.
Quando falamos em manipulação, estamos nos referindo desde preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar “espinhela caída”.
Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia.
Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.
Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.
São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham em pé.
São também bastante necessários na hora de um descarrego, pois conseguem acoplar no médium em qualquer posição.
Formas incorporativas e especialidade de caboclos:

CABOCLOS DE OXUM
Geralmente são suaves e costumam rodar, a incorporação acontece primeiro ou quase simultâneo no coração (interno).
Trabalham mais para ajuda de doenças psíquicas, como: depressão, desanimo entre outras. Dão bastante passe tanto de dispersão quanto de energização.
Aconselham muito, tendem a dar consultas que façam pensar; Seus passes quase sempre são de alívio emocional.
CABOCLOS DE OGUM
Sua incorporação é mais rápida e mais compactada ao chão, não rodam. Consultas diretas, geralmente gostam de trabalhos de ajuda profissional. Seus passes são na maioria das vezes para doar força física, para dar ânimo.
CABOCLOS DE IEMANJÁ
Incorporam de forma suave, porém mais rápidos do que os de Oxum, rodam muito, chegando a deixar o médium tonto.
Trabalham geralmente para desmanchar trabalhos, com passes, limpeza espiritual, conduzindo essa energia para o mar.
CABOCLOS DE XANGÔ
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.
Trabalham para : emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional.
Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.
CABOCLOS DE NANÃ
Assim como os Preto-velhos são mais raros, mas geralmente trabalham aconselhando, mostrando o carma e como ter resignação.
Dão passes onde levam eguns que estão próximos.
Sua incorporação igualmente é contida, pouco dançam.
CABOCLOS DE IANSÃ
São rápidos e deslocam muito o médium.
São diretos para falar e rápidos também, muitas das vezes pegam a pessoa de surpresa.
Geralmente trabalham para empregos e assuntos de prosperidade, pois Inhasã tem grande ligação com Xangô. No entanto sua maior função é o passe de dispersão (descarrego).
Podem ainda trabalhar para várias finalidades, dependendo da necessidade.
CABOCLOS DE OXALÁ
Quase não trabalham dando consultas, geralmente dão passe de energização.
São “compactados” para incorporar e se mantém localizado em um ponto do terreiro sem deslocar-se muito.
CABOCLOS DE OXÓSSI
São os que mais se locomovem, são rápidos e dançam muito.
Trabalham com banhos e defumadores, não possuem trabalhos definidos, podem trabalhar para diversas finalidades.
Esses caboclos geralmente são chefes de linha.
CABOCLOS DE OBALUAYÊ
São raros, pois são espíritos dos antigos “bruxos” das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Omulú de primeira coroa possuem esses caboclos.
Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco.
Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Mensagem do Caboclo Tupinambá - Linha dos Caboclos

LINHA E ARQUÉTIPO DOS CABOCLOS

Ditado por Sr. Caboclo Tupinambá


(este texto é parte do material teórico de apoio ao curso on-line ARQUÉTIPOS DA UMBANDA)


Num tempo distante, milenar, habitou nas terras sagradas deste Brasil exuberante um povo até hoje mal compreendido, interpretado pela vã concepção daqueles que aportaram nesta terra com o único interesse de consumir e apoderar-se da riqueza natural até então existente tão bem tratada por milênios pelo povo anônimo que era parte da fauna e da flora, que não se dissociava do meio que vivia, pois entendia que era parte do todo e sendo assim devia reverências e preservação.


Este povo colhia somente o necessário para o alimento, caçava para o alimento e também era caçado na forma de alimento, um ecossistema perfeito, natural.


Dotados de inteligência, pois esta é a condição humana, ainda que se movimentassem mais pela intuição e instinto, sabiam pela razão que não poderiam esgotar a vida por onde passassem, sendo assim quando uma clareira abrigava uma tribo e num determinado momento a vida ao redor se apresentava escassa, por respeito levantava-se acampamento para habitar em nova região permitindo que a natureza ali pudesse se recompor, desta forma não agrediam sua terra, sagrada.


“Gigante pela própria natureza…” esta sagrada terra outrora imponente nos fazia pensar que jamais se esgotaria e veja você…


Este povo que por mérito e benção Divina que aqui habitou são os índios, que foram extraídos de sua natureza, até a alma perdeu, assim ditou senhores da fé, disseram que nós não éramos dotados de alma e fincando a primeira espada a beira-mar, aliás chamavam esta espada de Cruz, de fato seu formato era uma cruz, mas saibam, era uma espada, pois quando fincada nesta terra, dela verteu sangue e como uma fonte inesgotável, observe, até hoje os poros desta terra expelem e absorvem sangue…


Mas isto é outra história!


Quero dizer que índio não era uma raça espiritual a parte, seres estranhos á natureza humana, posso dizer que uma condição humana, ou melhor, um privilégio para aqueles que na sua existência errou, mas também acertou muito e alcançando um “bônus” divino pôde nascer em uma tribo indígena, que existiu por todo o planeta, pois índio é o nativo, aquele que brotou da terra como qualquer outra árvore, sua origem no plano físico ainda é velado, então entenda que brotavam da terra e por isso sentiam-se parte dela.


O índio era aquele espírito que já havia saído do ciclo de vícios emocionais, como vingança, ódio, sexo, vaidade, orgulho, avareza, etc., o humano que encarnou como índio tinha a oportunidade de viver a vida plena integrando-se á natureza, percebendo numa árvore a presença divina, numa folha parte de uma Divindade, na água o néctar Divino, nos animais seus irmãos e no ar sua essência, uma simbiose perfeita e necessária para completar o ciclo da razão humana. Poucos que como índios tiveram a oportunidade de encarnar, voltaram à carne, era como a última passagem, para dali continuar a evolução em outros planos.


Pequenos homens que por estarem tão distante desta plenitude exterminaram o que não era espelho, está aí o mal do homem moderno, o mal de narciso que estranha e repudia tudo o que não é espelho.


Amamos a natureza, do Criador ao inseto mais “insignificante”. Somos Um.


Então fomos vilipendiados, usurpados e escravizados, como disse até a alma perdemos, pregava-se que índio não ia pro céu, que ironia…Olha nós aqui, do “céu” falando a vocês.


Mas nada disso fez com que perdêssemos o que por milênios cultivamos, o espírito não se manchou e não fomos pegos pelos sentimentos trevosos que poderia fazer com que tudo o que se tinha cultivado fosse jogado trevas abaixo. Acaso você já viu em um trabalho de desobsessão um índio perturbando um encarnado, acaso registrou um caso de índio nas Trevas ou índio algum que se perdeu no “mundo dos mortos”?


Fomos dizimados e nossa existência sendo abafada, foi quando surgiu no plano astral um movimento conhecido como Corrente Umbanda Astral, este movimento anunciava a oportunidade para aqueles índios do planeta que já desencarnados e impossibilitados de prosseguirem com sua dinâmica de desenvolvimento humano e espiritual pudessem ter um campo de atuação, isso tudo é mais complexo e não cabe neste momento.


Importante é que fomos convocados, não restou um e começamos a nos preparar para trabalhar em benefício dos encarnados, ainda sob o véu de outras religiões, pois não tínhamos um campo religioso próprio para nos manifestar. Mas isso pouco importava, pois os caminhos da fé sempre convergem ao mesmo destino.


Este movimento nos assentou num grau evolutivo e denominou como Caboclo, que de nada tem a ver com as miscigenações de raças. Caboclo é um grau e também uma linha de trabalhadores espirituais que no início da criação do grau era composto na sua totalidade por índios não só brasileiros, mas de todo o planeta. Séculos se passaram e outros espíritos que não tiveram a oportunidade de encarnar como índios atingiram este grau e aqui estão.


Noutro momento tivemos a ordem superior de instituir no plano físico uma porta religiosa própria e assim nasce a Umbanda, a religião que une as raças, reporta-se aos melhores costumes e manifesta a cultura original de tantos povos originais que a compõe.


Aqui falei de uma linha, os Caboclos, os Índios.


Assino esta carta com meu nome de tribo que de tão abrangente pôde manter-se como linha de trabalho sem precisar recorrer aos nomes simbólicos, ainda que em si recolha todo um mistério e manifestação Divina.


Minhas reverências ao Brasil natural, ao povo que aqui evoluiu!
Sou índio, sou caboclo, sou Tupinambá!

Nota do Médium: Lendo esta carta do Sr. Caboclo Tupinambá, me veio ressonante as palavras do Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas na ocasião da fundação da Umbanda: “Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro.”


Nesta fala ele ressalta que ser índio foi um privilégio.


Historicamente podemos perceber como a sociedade indígena sempre esteve a frente de nosso tempo no quesito moral e cidadania, a ideia de respeito e amor ao próximo era nato.


 Quando uma índia ficava viúva, outro índio mesmo casado a recolhia e assumia o papel de marido, para que esta não ficasse sem o amparo de um homem. E tudo era normal. Não existia pecado.

O corpo não representava sensualidade, por isso a nudez era normal. O sexo era uma ferramenta de reprodução e prazer ao casal.


Pensando nisso tudo vejo que os índios jamais precisaram ser catequizados, pois eram naturalmente cristãos, pois tudo o que Cristo tentou pregar, os índios praticavam, só aqueles que pregavam que não haviam entendido a lição do Cristo.



Instituto Cultural Aruanda - Rodrigo Queiroz -

Os Boiadeiros na Umbanda

Linha dos Boiadeiros


Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações. Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores etc.

Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades. O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras.

O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades.

É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

Existem, no Astral, muitos espíritos que, em suas últimas encarnações, praticamente viveram sobre o lombo dos cavalos, dedicando-se a criar e a domesticar esses animais, tão úteis à humanidade, já que até um século atrás o cavalo era o principal meio de transporte. Foram vaqueiros, domadores de cavalos, soldados de cavalaria etc., e guardam em suas memórias recordações preciosas e inesquecíveis daqueles tempos. Em homenagem a eles é que se construiu, no Astral, o Arquétipo da Linha dos Boiadeiros.

Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores etc.

Nem todos foram, de fato, “boiadeiros”, mas todos eles têm em comum a capacidade de atuar num campo específico e que caracteriza a Linha, qual seja o de nos trazer uma energia vigorosa, muito útil na quebra de cargas e magias negativas e para desfazer “cristalizações” mentais negativas, pois os Boiadeiros atuam no campo da Lei Divina e na Linha do Tempo.

A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados.

Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Oyá-Tempo e de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação.

Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás (Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda.

Na linguagem dos Boiadeiros, “boi” é o próprio ser humano em desequilíbrio. Ou seja, são os espíritos encarnados e os desencarnados em desequilíbrio perante a Lei Maior, necessitados de auxílio. Suas referências a cavalos, a tocar a boiada, a laçar e trazer de volta “o boi” desgarrado do rebanho, ou atolado na lama, ou arrastado pelos temporais, ou que se embrenhou nas matas e se perdeu, ou que foi atravessar o rio e foi arrastado pela correnteza etc., tudo isso tem a ver com o trabalho realizado pelos destemidos Boiadeiros de Umbanda: eles resgatam os espíritos que se rebelaram contra a Lei Divina, pois esses espíritos são como “bois e cavalos” que não aceitam os “cabrestos” ou limites criados pela Lei de Deus e que por isso precisam ser “domesticados” e educados. Nada melhor que os Boiadeiros para fazer isso.

Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo.

Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns”).

Dentro da Linha de Boiadeiros, em algumas Casas também se manifestam os “Cangaceiros”, simbolizando os espíritos daqueles que em recente encarnação viveram no sertão e lutaram contra grandes injustiças sociais. Isso pode parecer estranho, à primeira vista, e muitos se perguntam o quê um “cangaceiro” teria a oferecer, em termos de trabalho espiritual de ajuda.


Ocorre que os “cangaceiros” do sertão brasileiro de fato surgiram, em meados dos anos 1920, para defender as populações humildes dos maus tratos e desmandos dos “coronéis” e demais detentores do poder material, que massacravam os menos favorecidos, tomando-lhes muitas vezes até as mulheres, os poucos bens e a dignidade pessoal. Esses homens “poderosos” mandavam e desmandavam, pois se achavam acima das leis humanas e, por certo, não conheciam ou não respeitavam as Leis Divinas. E os “cangaceiros” (Lampião e seu “bando”, os mais famosos) representaram, à época, um movimento popular de revolta e combate a tais desmandos. Foram marginalizados, até porque aos “poderosos” isso convinha. É provável que tenham cometido lá seus excessos também, respondendo à violência das armas com outras armas; mas, pelo menos, tinham a justificativa de estar lutando pelos mais fracos. Já os opressores, qual desculpa teriam?


Enfim, o temperamento combativo desses espíritos de certa forma foi-se agrupando à Linha dos Boiadeiros e eles começaram a se manifestar para trabalhar, nos Terreiros de Umbanda que os acolhiam. Não são “bandidos e malfeitores”, mas espíritos que têm identificação com o Arquétipo do sertanejo forte e destemido.


Há Casas em que os Cangaceiros vêm na Linha de Baianos. Mas, tecnicamente falando, e sem desrespeitar opiniões em contrário, se bem analisarmos os Arquétipos das duas Linhas mencionadas, parece mais adequado a sua aproximação com os Boiadeiros. Porque o Arquétipo do Boiadeiro é o do homem sertanejo. Já o Arquétipo dos Baianos é o dos Sacerdotes (construído a partir dos primeiros Sacerdotes da Bahia e do Nordeste, que mantiveram, sustentaram e divulgaram o Culto aos Orixás). Mas, é claro, a Umbanda é uma religião universalista, voltada unicamente para a prática do Bem, de modo que não vale a pena discutir sobre divergências menores. Essencial é verificar se os espíritos que se manifestam estão praticando o Bem, dentro dos fundamentos da religião, independente do nome com o qual se apresentem.

A Pantera Negra......ANIMAL DE PODER.

Olá!

Muito interessante o texto abaixo!
Confesso que o Xamanismo me "fascina" e sempre associei essa crença à Umbanda. 
Sinto muita afinidade com os ensinamentos dos Xamãs e como médium já tive a oportunidade de entrar em contato, muito próximo, com alguns animais em desdobramento consciente e durante o sono.
Foram encontros inesquecíveis, ainda muito "frescos" em minha memória.
Agradeço muito a Deus e à espiritualidade por isso e por tudo!
A pantera, em particular, é um animal fascinante mesmo para quem não tem intimidade nenhuma nem com a Umbanda, nem com o Xamanismo. A simples presença desse animal encanta quem o admira, mesmo entre lamentáveis grades, a pantera exerce seu poder de sedução naquele que a observa.
Quanto a mim, tenho verdadeira paixão pelos felinos, mas o texto abaixo me fez lembrar de algumas entidades espirituais como os Exus e Caboclos, por exemplo. Em algumas oportunidades, através da vidência, já pude perceber esses animais ao lado das entidades, como fossem guardiões, companheiros de trabalho, creio que sejam mesmo. Posso citar alguns exemplos de minha experiência pessoal:
águias com Caboclos e pajés;
lobos e panteras com Exus;
cobras com Caboclos;
cavalos com entidades de Ogum e Xangô;
onças com caboclas de Oxossi.
Amo os animais e vez ou outra, estabeleço com eles uma espécie de comunicação que em palavras não sei explicar, só sei que eles habitam, assim como nós, o plano espiritual e são nossos companheiros/irmãos.
Ao ler o texto abaixo, pude compreender o poder primal da pantera, ou seja, o que ela nos inspira e transmite através de sua sabedoria instintiva.
Diz o texto que quem possui a pantera, como animal de poder, é dono de olhar penetrante que pode vir a curar, identifiquei-me com essa passagem por ser uma das tantas características das entidades espirituais com as quais trabalho. É muito bom e interessante ter acesso a esse conhecimento, mesmo porque, é nessas horas que entendemos que tudo está realmente conectado, todas as religiões, doutrinas, etc, se ligam e dispõem, cada uma, de sua parcela na grande verdade cósmica!
Annapon


XAMANISMO.....
VAMOS ESTUDAR UM POUCO?

A Pantera Negra......ANIMAL DE PODER.

É um Guia Espiritual muito antigo, cujo poder lunar foi utilizado em ritos egípcios através da sua cauda, presa ao redor do pescoço ou da cintura, com vistas a fortalecer e proteger o indivíduo.

O nome Pantera é associado às outras espécies de felinos como o Leopardo, a Onça e, às vezes, ao Puma. Panteras Negras são menores que esses outros felinos, porém são muito mais ferozes que Leões e Tigres.


Nadador brilhante, esse felino é um ágil escalador e tem a capacidade de correr em grande velocidade mas a curtas distâncias, o que faz que seus ensinamentos sejam aplicados rapidamente em ações decisivas pelos seus eleitos.

Panteras Negras são solitárias. Simbolicamente, os indivíduos que possuem essa energia primal costumam se sentir confortáveis consigo mesmos e são atraídos por outras pessoas que possuam essa mesma característica

.. O poder que esse primal desenvolve nos indivíduos que o têm como totem são a clariaudiência, ou seja, a capacidade de ouvir mensagens de outras formas e dimensões de vida.

A lição dada aqueles que possuem esse Guia Espiritual é a de que devem confiar em seus próprios pensamentos, visões, voz interior e intuição baseadas na transcendência da matéria.

Este é um primal dotado da alta magia que se manifesta no caminho das pessoas por meio e através de indivíduos reais, seja algum mestre, mentor ou professor experiente.

Por deter os segredos da vida, representados pelo poder oculto da noite, a Pantera Negra é um dos raros primais que têm permissão de entrar nos mundos superiores e submundos inferiores invisíveis, associados às energias lunares.

Isso porque, é dentro da escuridão da noite que reside toda verdade oculta da criação, cujo poder dessa energia primeva é transferido àqueles que podem nos mostrar o caminho, reconhecer e dar boas-vindas à luz do Dia e à sombra da Noite que estão dentro nós mesmos, integrando-as.

Portanto, aqueles que têm este Animal de Poder têm a responsabilidade e o compromisso de zelar e respeitar os conhecimentos sagrados de origem cósmica.

Devem tomar muito cuidado ao utilizá-lo, como também partilhá-lo com outras pessoas, saber que quando o discípulo estiver pronto o mestre aparecerá.
Se o discípulo não estiver preparado, qualquer conhecimento ofertado poderá provocar conseqüências desagradáveis para ambos envolvidos.

Panteras Negras....

possuem uma sensibilidade aguda e os pêlos que recobrem seus corpos ágeis, principalmente os da face, facilitam a captação de vibrações sutis.
Isso significa que o toque de quem a possui como totem pode ser outra forma significativa para despertar e explorar seus dons ocultos.

Simbólicamente, para aqueles com este Animal de Poder, isso indica a necessidade de se prestar atenção aos próprios sentimentos e honrar todas as mensagens recebidas.

Elegantes e sensuais, as Panteras Negras são associadas à sensualidade, cujo arquétipo sugere a resolução de questões sexuais antigas ou faz com que a pessoa abrace uma sexualidade plena.

Seus mais de 400 músculos podem ser utilizados voluntariamente e à vontade quando necessário, pois ela é capaz de se mover graciosamente dentro e fora das situações, bem como pode, também, permanecer imóvel para não ser notada

Isso traduz a nossa capacidade de executar tarefas que dispensem o uso de todas as partes do nosso corpo.

A maior lição da Pantera Negra está no poder do silêncio, demonstrado na caça ou na perseguição de suas presas, em saber quando devemos nos fazer vistos e quando devemos nos tornar invisíveis.

Por ser a guardiã dos segredos da energia primal, seus dons se encontram na viagem astral, na compreensão da morte e da transformação, na capacidade de reconhecer a agressividade da sombra que reside em cada parte da criação e em cada um de nós.

Não é difícil reconhecer quando estamos na presença de alguém que possua esse totem, porque uma de suas características marcantes é o "olhar penetrante," quase invasivo, o que nos dá impressão que o indivíduo pode ver, através do nosso corpo físico, a nossa alma.

Isso é fato, pois nada pode se ocultar desse primal.

Por essa razão, aqueles que possuem a medicina da Pantera Negra podem usar os seus olhos como um instrumento de cura em nível celular.

Trata-se de um Guia Espiritual muito poderoso para se ter ao lado. Isso pode parecer sedutor porém, a Pantera Negra é extremamente exigente com aqueles a quem sua forte energia guardiã elege, acolhe e protege.

“Amiga invisível e silenciosa, teu poder selvagem faz meus olhos brilharem na tua presença.

Na noite que esconde segredos, conceda-me a graça de ver além das aparências e alcançar a alma do universo, com o teu poder de Pantera Negra
YAMARA PIXUMA!

domingo, 12 de maio de 2019

A Erva e a bebida de Poder e Sua Relação com o Médium – Mediunidade Xamanica e de Umbanda

A Erva e a bebida de Poder e Sua Relação com o Médium – Mediunidade Xamanica e de Umbanda -

“No momento em que você profana o sagrado, o resultado é dor”.
Frase de Edmundo Pelizari

Manipular uma erva de poder, dentro de um ritual, é uma ação Sagrada, muito diferente da dependência da mesma no dia a dia da pessoa.

Na cultura Andina, por exemplo, a folha da coca é Sagrada e consagrada em rituais à Mãe Terra. Bem diferente do uso abusivo e profano que vicia e causa muitos danos.
Diz uma lenda que o povo Andino rogou praga ao povo Europeu por ter destruído sua cultura e acabado com suas folhas de coca:

“Vocês sofrerão por terem profanado nossa erva Sagrada, a coca”.

Sabemos que a cocaína, produto quimicamente industrializado do principio da folha de coca, é avassalador mal que aflige a sociedade mundial. É a profanação do Sagrado causando dor e morte através do vício.

O mesmo ocorreu com o tabaco, usado para fins ritualísticos pelos indígenas, sofreu a interferência do europeu que o industrializou, profanando assim a erva sagrada e transformando-a em vício.

Quando utilizado pelas entidades de Umbanda, o tabaco retoma sua origem e, no momento do ritual é erva sagrada de poder e não vicio.

O mesmo acontece com a cana que é transformada em bebida e, quando consumida dentro do ritual é sagrada, manipulada para fins terapêuticos e não profanos.

A entidade incorporada em seu médium, não consome cachaça a fim de se embriagar, ou ao médium, não necessita de quantidade e sim do fluído que purifica, descarrega e promove assepsia. A entidade não necessita dar espetaculares demonstrações de seu “poder”, bebendo demais ou caminhando sobre cacos de vidro, por exemplo.

O poder real de uma entidade de Umbanda está no bem que ela, junto a seu médium, promove. Está na palavra amiga, no alivio das dores físicas e morais daqueles que as buscam.

Seu poder nada tem a ver com espetáculos ou provas infantis de força. Seu poder é o amor que espalha tocando corações e auxiliando o progresso das pessoas.

O uso da bebida e do fumo são quase práticas Xamanicas, porém o Xamã e o médium de Umbanda são diferentes instrumentos da espiritualidade utilizando as mesmas ferramentas de trabalho de formas diversas e, por vezes, com o mesmo fim.

Nas sociedades primitivas, antes do surgimento das religiões, o homem já praticava a experiência da transcendência, existem estudos sobre o assunto.

A experiência transcendental é única, inexplicável,  pois pertence ao individuo e cada um vive e experimenta o transe de forma particular, única,  e cada um tem seu propósito, cada individuo utiliza o transe para um determinado fim.

Entrar em transe tanto pode acontecer de forma espontânea quanto induzida. Na Umbanda há o desenvolvimento mediúnico que é uma técnica, no Xamanismo a técnica consiste em cantos, toques de tambor, muito semelhante à indução ao transe na Umbanda em alguns terreiros, pois existem outros que não utilizam tambores, ou atabaques.

No Xamanismo o tambor é chamado de arco porque simboliza o arremesso ao mundo espiritual, ao estado alterado de consciência que possibilita ao aspirante, tornar-se um Xamã. 
Nesse ponto encontramos semelhança com a mediunidade de Umbanda.

Outra maneira, muito particular de tornar-se Xamã é pela experiência dolorosa da doença que não encontra cura nas terapêuticas disponíveis. Diante disso, aquele que se tornará Xamã, a partir dessa experiência, sai do corpo, em desdobramento astral, incorpora um espírito e percebe que sua doença, na verdade é uma doença da alma apontando desequilíbrio com o mundo dos espíritos.

A partir do momento que essa pessoa consegue se curar, ela se torna um Xamã porque ela alcançou a cura da alma por intermédio de uma revelação espiritual, uma experiência transcendental que lhe ensina o caminho da cura possibilitando-o, dali por diante, a  ser um curador que muito provavelmente manterá  contato direto com a espiritualidade.

Essa doença, que acomete os aspirantes a Xamãs é conhecida como doença Xamanica.

O fundador da Umbanda, Zélio F. de Moraes, viveu algo semelhante antes da fundação da Umbanda.
Ele sentia dores, passava mal e sua família relatava que ele sofria com “ataques”.
Na verdade Zélio teve uma doença Xamanica hoje conhecida e classificada como mediunidade.

Existe um ditado, no meio Umbandista, que diz o seguinte:

“Quem não vem por amor, vem pela dor”.

A dor seria a doença Xamanica, ou o aflorar da mediunidade e o amor a fé e o encantamento que a Umbanda propicia àqueles que a buscam de coração e mente abertos.

A mediunidade mal trabalhada ou negligenciada causa vários transtornos ao médium, por isso o Xamã diz ser uma “doença” do espírito e as entidades de Umbanda aconselham seu desenvolvimento a fim de que a pessoa retome seu equilíbrio espiritual que se reverte, por sua vez, em saúde física e emocional.

Podemos concluir que todo médium é um pouco Xamã e que mediunidade é muito mais que um mero termo para rotular o individuo que entra em transe mediúnico.

Nas sociedades antigas médiuns eram considerados Xamãs, rotular, porém, a mediunidade e o médium, seria limitar os potenciais que podem se manifestar em cada um de nós.

Mediunidade, portanto, é muito mais e não se limita a um sistema, a uma única forma de ser trabalhada, mediunidade transcende. O Xamanismo nos mostra esta transcendência de forma muito clara e todo Umbandista sente simpatia/afinidade com esta forma Xamanica de trabalhar a mediunidade.

As entidades que se manifestam através de nós tiveram várias encarnações, assim como nós também tivemos e, sermos simpáticos à Umbanda ou a outra religião mediúnica, revela que em outros tempos, muito provavelmente, a magia e seus mistérios nos foram muito familiares.

Annapon
17.11.2014

(Texto baseado no Curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino)