Uma curuminzinha da Amazônia.
Muitos Erês, assim como os caboclos, pretos-velhos e exus, possuem suas histórias de vida. Alguns desses Erês "encantaram-se" como muitas entidades conhecidas na Umbanda. Essa é a história de curuminzinha encantada, que após sua morte costumava visitar sua tribo e curar as crianças doentes.
Ceci nasceu na Tribo dos Aruaque, no meio da Floresta Amazônica. Ela havia completado 6 anos na época. Era uma indiazinha feliz, que passava os dias brincando com os animais pacíficos da floresta, como os saguis, tatus, porquinhos e outros. Quando a floresta foi invadida em busca dos seringais, sua tribo tentou lutar contra a invasão, mas, por fim, mudou-se, para evitar atritos com o homem branco. Devido a mudança, os índios enfrentaram dificuldades para encontrar um novo local e se readaptar. A floresta era extensa, mas tinha seus perigos.
Ceci e os demais índios estavam tristes por deixarem para trás muitas coisas. No caminho para a nova aldeia, Ceci se distraiu com os bichos e não percebeu a aproximação de uma cobra venenosa. Ela foi socorrida e fizeram todo o possível para salvá-la, mas o veneno espalhou-se rapidamente. Depois de horas ardendo em febre, Ceci desencarnou, para tristeza de seus pais. A mudança não levou apenas suas ocas, mas a vida de Ceci. Tempos depois, sempre que uma criança ficava doente na tribo alguém via Ceci correndo ao redor da criança. E, milagrosamente, no dia seguinte, a criança amanhecia curada.
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